
Começa a levantar-se um problema que aflige o movimento associativo: o términos da subsídio-dependência, um álibi para aliviarem os orçamentos. O efeito “apoio social”, que se entende como motivo fundamental da atribuição das ajudas económicas às associações e colectividades – que têm a finalidade de promover o convívio entre as comunidades – perde-se em favor de outras vertentes, para onde serão depois canalizadas as verbas que a cultura e a recreação social não receberá.
O movimento folclórico está a perder receitas com uma quase completa ausência de remunerações pelas actuações, que em tempos passados constituía boa fonte de rendimento, o que proporcionava um saldo de caixa muito animador, e algum desafogo financeiro, que depois era utilizado na compra ou benefício do património.
O grave problema, que uma vez mais trazemos a estas páginas (pag.3) exige alguma ponderação. Se a ameaça vier a ser cumprida, não haverá outro remédio a muitos grupos de folclore que terminarem a actividade, na falta de outras receitas. E, convenhamos, o desaparecimento de alguns prestigiados projectos contribuirá para que a cultura popular fique mais pobre. E o movimento folclórico – aquele que consideramos judicioso e sensato – começa a definhar perante o desânimo.
Manuel João Barbosa
jornalfolclore@gmail.com
www.jornalfolclore.blogspot.com
Voltar ao sumário da edição de Novembro 2007
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário
Gracias por su comentário
Thank you for your comment
Merci pour votre commentaire