
Percebemos então que se tratava de uma ex-professora liceal, motivada pelas questões da cultura popular. Inquiriu-nos sobre eventuais diligências que porventura tivessem sido feitas junto do Ministério da Educação, com vista a que o Folclore e as tradições constituíssem parte complementar do sistema de ensino. A resposta negativa terá deixado a ex-docente entristecida, confiada que estava que, posteriormente à sua aposentação, o currículo escolar teria sido já valorizado com o tema sobre cultura popular.
Relembrando a experiência que obteve neste campo, perante o que testemunhou em escolas que visitou noutros países, a nossa interlocutora lamentou “uma continuada pobreza de espírito” dos nossos responsáveis educativos, pela apatia a um vector cultural de primordial importância, como é a cultura popular. “Continuamos incultos e rudes perante os outros, pelas sistemáticas barreiras que se opõem ao enriquecimento cultural”, lamentou a ex-educadora.
Aparentemente parece prevalecer ainda hoje a teoria dos antigos correligionários governamentais, quando entendiam que o povo não deve ser culto, porque enquanto houver falta de cultura, bem podem os governantes dormir descansados. Há conhecimento de iniciativas isoladas de docentes que ensinam o Folclore em períodos extra-curriculares e que merecem ameaça com processos disciplinares, porque o tema “não faz parte do currículo escolar”. Subentende-se…
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