quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Jornal Folclore / Março 2008 - Nota Editorial : 12 anos

Completam-se doze anos de ininterrupta publicação deste Jornal. A história já se conta nas páginas centrais desta edição. Mas uma nota há a salientar na prossecução do projecto: a caminhada quase solitária do editor. Com efeito, uma equipa pensada desde a primeira hora tarda a ocupar os lugares desde sempre vagos, na eventualidade de um mal-estar do único impulsionador. O corpo redactorial continua à espera doutras canetas, doutros toques nos teclados dos computadores, doutras mensagens. O projecto não pode perdurar se continuar suportado apenas num braço-motor, e uma suposta solidez não será o garante da continuidade. Porque, como diz aforismo popular, sem ovos não se fazem omoletas. O Jornal só manterá um regular publicação enquanto alguma engenharia redactorial criadora de textos estiver activa. Como de temas interessantes que valorizem o conteúdo. Porventura terá apenas passado pela cabeça de poucos o esforço que a dita engenharia redactorial exige para estimular a pesada máquina e fazer que cada edição apareça periodicamente cada mês, sem peias nem atrasos. É preciso reflectir sobre isto.

Fazer um jornalismo de secretária nunca foi o nosso ideal, nem isso foi desígnio do padrão que também idealizámos para o projecto editorial que criámos há doze anos. Decidimo-nos por um jornalismo vivo, feito dentro do acontecimento. Daí a reportagem, a entrevista, a informação de tudo quanto nos chega ao conhecimento sobre o movimento folclórico. As viagens sucedem-se. O tempo não conta, mesmo que as horas sejam as da madrugada. Tudo assente numa pura carolice, não remunerada. Para que conste.


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