quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Setembro 2007 - Instrumentos musicais oferecidos pelo INATEL ganham poeira à espera de tocadores

A maioria silenciosa

Serão muitos os instrumentos musicais oferecidos pelo INATEL que permanecem silenciosos por falta de quem os saiba tocar. Num qualquer armário, a um canto da sala ou hibernados na embalagem que os acondiciona, os toques tardam em fazer-se ouvir. Os foles dos harmónios e concertinas não se abrem e as cordas das violas, cavaquinhos e badolins não são dedilhadas. A formação musical não acompanha a oferta e sem ovos não se fazem omoletas. À louvável ajuda do INATEL aos grupos de folclore deve juntar-se a aprendizagem.

O INATEL criou um programa de apoio, no campo da música, aos filiados que se constituem em Centros de Cultura e Desporto (CCD). Entre eles, os grupos de folclore, filarmónicas, tunas, conjuntos típicos e tradicionais, etc.

A meritória ajuda que anualmente é oferecida pelo Instituto é relevante no campo da valorização musical das respectivas tocatas, no caso particular dos agrupamentos folclóricos, tão carenciados de verbas que permitam a aventura de adquirirem um simples instrumento musical. Não raras vezes são os próprios tocadores cooperantes que custeiam a aquisição. Concertinas e harmónios, violas e cavaquinhos, rabecas, bandolins e bandolas, gaitas-de-beiços, flautas e outros instrumentos de toque descansam em profundo silêncio numa qualquer prateleira da sede da instituição ou da residência de um dirigente, sem que se vislumbre a altura de fazerem entoar os sons da tradição.


Manuel João Barbosa
jornalfolclore@gmail.com
www.jornalfolclore.blogspot.com



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