O pensamento de Kenneth Auchineloss, que nos acompanha desde a primeira edição deste Jornal, encima o cabeçalho como que um grito de alerta, dirigido àqueles que teimam em continuar a macular tão nobre expressão da nossa cultura popular: o folclore. “Aprender com o passado, e não chafurdar nele”. É uma mensagem forte, tão clara quanto evidente.
Ter-se-á que, um conjunto de pessoas que se preparou para representar e divulgar a vertente cultural do seu povo, deve fazê-lo com dignidade e respeito, quanto a memória das pessoas exige. Honrar os seus hábitos e costumes, na forma de trabalhar e de se divertir, que hoje constituem um manancial rico de tradições, e a expressão nobre da sua cultura. E se um conjunto de pessoas assume essa representação, rebuscada nos tempos, estará a mostrar, efectivamente, folclore. Se optar pela fantasiada mostra de danças, de cantigas e dos trajes, então não afectam à sua representação a vertente folclore, mas antes se constituem numa formação mal idealizada que não pode – nunca! – passar por “representação folclórica”. Porque não procederam a uma pesquisa e recolha das tradições. Tão simples como isto...
A representação de um passado deve, naturalmente ser antecedida de um profundo trabalho de investigação da forma como vestiam, bailavam e cantavam os avoengos, recuando no tempo até onde as memórias vivas possibilitarem a recolha de elementos, que se passam à representação. E quem esta atitude não tiver não recria o passado, e logo o folclore não passa pela sua interpretação. Fantasiar pessoas com trajes inventados, que em nada correspondem à realidade de uma época distante, e caldear essa ‘máscara’ com danças coreografadas por hábeis curiosos, e usar cantigas engendradas por fracos “poetas”, é chafurdar numa poça lamacenta, onde reina a incapacidade e a ignorância. O bom senso deve imperar pelo princípio da dignidade, do decoro e da honra. Tanto quanto nos merecem aqueles fizeram a história, escrita com nobreza, decência e muito brio.
Manuel João Barbosa
Ter-se-á que, um conjunto de pessoas que se preparou para representar e divulgar a vertente cultural do seu povo, deve fazê-lo com dignidade e respeito, quanto a memória das pessoas exige. Honrar os seus hábitos e costumes, na forma de trabalhar e de se divertir, que hoje constituem um manancial rico de tradições, e a expressão nobre da sua cultura. E se um conjunto de pessoas assume essa representação, rebuscada nos tempos, estará a mostrar, efectivamente, folclore. Se optar pela fantasiada mostra de danças, de cantigas e dos trajes, então não afectam à sua representação a vertente folclore, mas antes se constituem numa formação mal idealizada que não pode – nunca! – passar por “representação folclórica”. Porque não procederam a uma pesquisa e recolha das tradições. Tão simples como isto...
A representação de um passado deve, naturalmente ser antecedida de um profundo trabalho de investigação da forma como vestiam, bailavam e cantavam os avoengos, recuando no tempo até onde as memórias vivas possibilitarem a recolha de elementos, que se passam à representação. E quem esta atitude não tiver não recria o passado, e logo o folclore não passa pela sua interpretação. Fantasiar pessoas com trajes inventados, que em nada correspondem à realidade de uma época distante, e caldear essa ‘máscara’ com danças coreografadas por hábeis curiosos, e usar cantigas engendradas por fracos “poetas”, é chafurdar numa poça lamacenta, onde reina a incapacidade e a ignorância. O bom senso deve imperar pelo princípio da dignidade, do decoro e da honra. Tanto quanto nos merecem aqueles fizeram a história, escrita com nobreza, decência e muito brio.
Manuel João Barbosa
“A mais importante de todas as lições que a História pode ensinar é que os homens não aprendem muito com as lições de História” (Aldous Huxley)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário
Gracias por su comentário
Thank you for your comment
Merci pour votre commentaire