terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Mensagem de Manuel João Barbosa - Director do “Jornal Folclore”

Introdução

Se folclore é arte do povo, deverá ser entendido como uma reminiscência do passado, arreigado a princípios de uma completa humanização colectiva. Nunca será folclore aquilo que foi corrente numa forma estritamente individual, que nunca se exteriorizou para a comunidade. Uma peça folclórica só o será se a sua raiz beber na fonte da tradição colectiva. Por isso mesmo, folclore é uma ciência que estuda modos de vida em tempos recuados. Criar, inventar, idealizar, compor, conceber, fantasiar, não é folclore.


A importância da comunicação social na valorização e divulgação do folclore

A comunicação social revela-se hoje de capital importância para qualquer sector da vida, por demais quando as novas tecnologias nos oferecem vantagens que não podemos desaproveitar, se queremos acompanhar o ritmo que o dia a dia que vivemos nos impõe.

A cultura popular, como qualquer outra vertente social, necessita da comunicação social, e muito em especial da imprensa, já que este meio é determinante no registo da história do movimento que ao folclore se afecta.

Novas formas de comunicação estão a rodear-nos e a tornar-nos auto-dependentes. A actividade folclórica não pode (não deve) fugir aos novos desafios da informação.

Na imprensa têm aparecido ao longo dos tempos “envergonhadas” secções que falam de folclore mas que logo desaparecem. Rareiam versados profissionais ou amadores da escrita que escrevam sobre esta grande realidade cultural.

O “Jornal Folclore” apareceu no universo da imprensa portuguesa como órgão temático de informação, no âmbito da cultura popular. Perfez nove anos de publicação regular em Março de 2005. Publica-se com total independência (soberana, económica e editorial). É um projecto arredado de interesses comerciais, orientado no sentido de não só informar mas, e também, de formar, oferecendo aos responsáveis pelos grupos de folclore indicações úteis para uma maior dignidade na sua representação etnográfica e folclórica.

Desde o seu aparecimento, o “Jornal Folclore” tem aberto as suas páginas ao movimento folclórico nacional, independentemente da qualidade representativa dos grupos. Não competirá, com efeito, ao “Jornal Folclore” fazer distinção do trabalho dos agrupamentos que ainda não encontraram um rumo de acção concertada.

Por outro lado, é do conhecimento público que muitos grupos que eram completamente desconhecidos, se vêm agora em evidência, graças à divulgação que o “Jornal Folclore” fez da sua própria existência e das suas actividades. Alguns desses grupos passaram mesmo ao “estrelato” no universo folclórico do país, sendo constantemente requisitados para variados serviços.

O “Jornal Folclore” é ainda, um repositório vasto do movimento folclórico nacional, e não será ficção afirmarmos que muitos estudiosos procuram nas suas páginas elementos que lhes servem de registro e orientação aos seus trabalhos. Outrossim, estudantes recorrem ao “Jornal Folclore” para preparem teses para as suas licenciaturas.

Diz-se que um dia, o Jornal Folclore será uma verdadeira enciclopédia do folclore português, pelos registros que oferece.

1 comentário:

  1. sbia que deviam colocar mais coisas emportantes nisso
    dar mais vida as coisas do folclore

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